Em 2025, os profissionais de marketing poderão lançar campanhas globais com apenas alguns cliques. A IA traduz conteúdos, adapta imagens e cria vídeos localizados com sotaques regionais perfeitos. No entanto, à medida que o marketing internacional se torna cada vez mais automatizado, estamos descobrindo que a tecnologia sozinha não consegue superar a barreira cultural.
Após expandir redes de afiliados em mais de 20 países, experimentei em primeira mão como a IA se destaca na geração rápida de conteúdo—no entanto, nossas campanhas de maior sucesso sempre vieram de mercados onde tínhamos uma forte inteligência cultural no local. Os dados eram claros: campanhas com validação no mercado local superaram campanhas exclusivamente baseadas em IA em 40%.
Os pontos cegos culturais podem se manifestar como lições caras. Por exemplo, um grande varejista dos EUA usou IA para localizar sua expansão na Europa. Seu sistema automatizado traduziu fielmente descrições de produtos e textos de marketing, mas perdeu contextos culturais cruciais relacionados a preferências de pagamento e sinais de confiança. O resultado? Um lançamento tecnicamente impecável com taxas de conversão 60% abaixo das projeções.
Comparando sinais de confiança: EUA versus Japão
Desconexões costumam aparecer em lugares inesperados. Considere uma recente campanha de fintech direcionada a mercados asiáticos—o conteúdo gerado pela IA era linguisticamente preciso, mas culturalmente insensível. O sistema automatizado mantinha chamadas à ação diretas ao estilo ocidental, perdendo os elementos cruciais de construção de relacionamentos que impulsionam a conversão em sociedades de alto contexto. Somente após adaptar a abordagem para incluir camadas progressivas de prova social e sinais de autoridade, a campanha começou a ver resultados significativos.
Para o mercado dos EUA, uma empresa deve enfatizar sinais de confiança que ressoam com os valores americanos de individualismo, realização e segurança. Isso significa exibir de maneira proeminente análises e depoimentos de clientes, idealmente com nomes completos e fotos, mostrando indivíduos que obtiveram sucesso com o produto ou serviço. Garantias robustas, como “100% de devolução do dinheiro, sem perguntas”, são vitais para aliviar preocupações quanto ao risco. Emblemas de segurança de entidades reconhecidas, junto a menções em meios de comunicação conhecidos dos EUA (“Como visto em”), aumentam ainda mais a credibilidade.
Destaque resultados baseados em dados e ofereça testes gratuitos, que também atendem ao desejo americano por resultados tangíveis e a oportunidade de “experimentar antes de comprar”. Ofertas por tempo limitado podem ser utilizadas para criar um senso de urgência e explorar o medo de perder. Uma alta pontuação no Trustpilot ou Google Reviews pode ser o fator decisivo.
Em contraste, construir confiança no Japão requer uma abordagem que alinhe com a ênfase cultural em harmonia, respeito pela autoridade e orientação para o grupo. Embora os depoimentos ainda sejam valiosos, devem preferencialmente vir de indivíduos com títulos em empresas respeitadas, emprestando o peso da reputação de sua organização à endosse. Parcerias ou exibir afiliações com empresas japonesas bem conhecidas é um sinal de confiança poderoso, assim como obter prêmios e reconhecimento de instituições japonesas respeitáveis; uma longa história e herança da empresa são altamente valorizadas e devem ser destacadas, se aplicável.
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